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A Vida é Sonho

Ano de Estreia: 1997

 

 

Ficha Técnica:

 

A Vida é Sonho

 

AUTOR

Pedro Calderón de La Barca

 

ADAPTAÇÃO E DRAMATURGIA

Beatriz Ávila

 

DIREÇÃO ARTÍSTICA

Constantino Isidoro

 

ELENCO

Carolina Nogueira

Camilli Barros

Carlos Cipriano

Franco Pimentel

Realle Palazzo

Suail Rodrigues

Sandro Freitas

 

CENOGRAFIA

Paulo Medeiros

 

FIGURINOS

Anthropos Cia de Arte

 

ILUMINAÇÃO

Constantino Isidoro

 

MÚSICA

Anthropos Cia de Arte

 

Maquiagem

Franco Pimentel

 

PRODUÇÃO

Anthropos Companhia de Arte.

 

O Espetaculo:

“A Vida é Sonho”, conta a estória do príncipe Segismundo, que desde seu nascimento vive encarcerado numa torre. Não sabe quem é, e porque não tem liberdade. Sabe que sofre, que é infeliz. Como ser humano se sente diminuído perante as outras criaturas da natureza. Seu sentimento expressa a angústia de não entender o sentido de sua existência e o porquê de se estar no mundo, se a essência deste estar se expressa com uma lógica rigorosa. Segismundo anseia por liberdade.

Em outro polo há Basílio: rei, astrólogo e pai de Segismundo. Durante a gestação do príncipe sua mãe sonhou por diversas vezes que morreria durante o parto, o que de fato ocorre. A morte da rainha, aliada à posição dos astros celestes, indicavam a Basílio que Segismundo seria no futuro um rei tirano. Para evitar tal tragédia o rei faz constar ao reino que seu filho nascera morto, mas na realidade, prende-o em uma torre, onde só Clotaldo (conselheiro do rei) o educa e alimenta. Basílio crê no destino.

Liberdade e destino são os polos principais de conflito da peça. Basílio para evitar o destino, cria Segismundo da maneira que melhor o tornaria tirano, suprimindo-lhe a liberdade. Porém, movido pela contradição de que para salvar o reino de um déspota, fora ele obrigado a ser o tirano, à certa altura do texto, ordena que o príncipe seja libertado e trazido ao palácio dormindo, e que ao despertar todo o reino lhe trate como um príncipe. Com isso o rei deseja avaliar as atitudes de Segismundo. Este, ao acordar, toma conhecimento de sua nova realidade, sendo advertido de que este novo estado pode ser um sonho, caso não demonstre bondade. Contudo, o príncipe responde ao novo ambiente com a mesma dureza com que foi criado: mata, é soberbo, cobra do rei explicações. Isso é suficiente para provar sua tirania. É, portanto, novamente adormecido e outra vez preso.

Em torno do conflito trágico, estrutura-se o núcleo cômico da peça, representado pelos personagens: Rosaura - uma nobre dama, filha de pai desconhecido (Clotaldo), que se traveste de homem para vingar-se de uma promessa de amor não cumprida; Clarim - um bufão, aio de Rosaura, que a todo momento satiriza o drama de sua ama; Astolfo - um duque Dom Juan, canastrão, sobrinho de Basílio, amante de Rosaura, noivo de Estrela, cobiçador da coroa de Segismundo; e Estrela - uma dama nobre, sobrinha de Basílio, cobiçadora da coroa de Segismundo, que apesar de se casar por puro interesse, insiste em se dizer apaixonada, exigindo que Astolfo lhe entregue o retrato que traz no peito, como prova de amor... O retrato é de Rosaura.

Segismundo ao despertar novamente cativo, nos revela a principal metáfora do espetáculo: a de que  a vida é sonho; pois o seu acordar, ou seja, o tomar consciência de sua situação real, deveria lhe conduzir ao sonho de liberdade que almejava. O príncipe é outra vez libertado do cativeiro, mas desta vez pelo povo, que deseja um futuro rei legítimo, ao invés de um estrangeiro. O que ele agora vive, é real ou sonhado? Segismundo retorna ao palácio e na batalha seu exército derrota o do rei. Tudo faz parecer que a inexorabilidade do destino ordena a ação, pois os presságios foram cumpridos e o rei aos pés de seu filho cai. Contudo o príncipe transcende à vingança, solicitando ao rei que se levante, receba de volta a coroa e o perdoe.

Segismundo vence o destino, vence a si mesmo, pois como diz Calderón através das palavras do personagem Basílio: “O fado mais terrível, a inclinação mais violenta, um planeta por mais ímpio, apenas enfraquecem a vontade, mas não a forçam...”.

Roda de conversa DIÁLOGOS SOBRE A ENCENAÇÃO

Registro Fotográfico

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